Textos
Meus olhos náufragos...
Há uma sabatina no pensamento que escorre ao vulto,
Procurei, busquei e encontrei teu olhar confuso,
Dediquei uma frase no silêncio de sua inquietude
E juntamos os olhares que em ênfase ao infinito
Buscavam o alheio sentimento que deslumbra o inesperado...
Sob as ondas entregamos as faces perdidas
E ao velejarmos entre os desejos e a razão
Deixamos apenas que os sonhos fosse real...
Ouvimos as canções entoadas por harpas magistrais
E no longínquo mar que levamos nossos corpos
Apenas a brisa permitíamos que nos seguisse...
Quanto temos que remar para chegar ao infinito?
Onde tudo se permite,
Onde nada poderá proibir encontros sinceros...
Quantas ondas seguíamos,
E por elas erámos levados em direção a caminhos escolhidos,
Felizes, apenas sorríamos com os elos acorrentados...
Há também tempestades que não sossega o belo horizonte,
Seguiu-nos também as areias que apagam as pegadas,
Em nossas sombras o cativo que embala o entristecer
Corrompeu a áurea que abraçava meu sorriso...
E você foi ficando com as águas que ficavam em um olhar distante,
Clamei ao céu que levasse minha dor alada ao vento,
E soprasse suavemente em teu ouvido
Sussurrando que o desespero da angústia
Banhou o coração ao sugo de um término desespero...
Olhei perdido aos pedaços que se dissolviam
Em retalhos apenas ficou seu aceno que zombou sem despedida,
Se foi com as cores que perfumam o oceano
E apenas o aroma de tão perfeita pele
Deixaste ao olfato vagaroso viajante...
Vou seguir velejando ao meu rumo,
Onde eu encontrar a ponte que ao destino se encerra
Terei outra face a atracar em minhas nobres ilusões,
Deixemos que o ciclo complete as falhas com suas lanças,
Ao encontro casual vindouro aos nossos olhos,
Terei uma companhia doce em uma nova paisagem,
E você?
Até onde foi tão belo barco que levava esnobe presença?
Serás tão feliz quanto serei ao final da viagem?
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 25/08/2017
Alterado em 13/08/2021
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.