Textos
Refúgio da Alma
Oh vento sorrateiro que persegue a sombra da alma,És devastador ao cume que controla a alegria,Não és sábio ao devassar a dorEm refúgio do teu seio amargo.
Eu seria as asas que planaria teu voo,Se em teus encantos permitisses que entregasse meus desejos,E em tua relva eu adormecesse sem medo dos sonhos,És apenas um vento negro que suja as minhas vestes,
Banhar-me-ei no sereno que cura a mágoa em dias inacabados,Tu poderias ser o eco que completa o vazio da voz,Ou entre as flores sonolentas serias o leito dos pássaros,
Ter-me em paixão há a alma predestinada,Que escondes entre as veredas que cegam a visão atordoada,És apenas o cansar do corpo que se deixa perdido na névoa,És meus pensamentos turvos que se perdem ao insensato pudor,
Permites que eu liberte a alma de teu cárcere sem correntes,Viverei e pensarei em seguir por a estrada que se alarga,Sem a sentinela do teu sopro que vaga seguindo minha liberdade,Eu seria livre para encontrar a metade da alma que não se encontra,
Em teias prendo a vontade e o medo,Em canções reparo a face que se refaz aos poucos,Em rabiscos guardo as visões que se reserva ao futuro perfeito...
J Lucivan Almeida
Enviado por J Lucivan Almeida em 05/09/2018
Alterado em 30/08/2021
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